19.11.11

Concerto do TCC

Em breve, mais fotos e links diretos para os vídeos das músicas apresentadas e para o texto da monografia!

fotos deste post: Paulo Muzio
vídeos: Heitor Isoda

com o orientador, professor Marco Antonio



coro realizando exercício de respiração





Programa

Canten señores cantores
http://www.youtube.com/watch?v=HzGc5dCp0v8

Shalom Chaverim
http://www.youtube.com/watch?v=yrj-Pkpt7eQ

Alleluia
http://www.youtube.com/watch?v=wwFNgvYsrlc

Kysha
http://www.youtube.com/watch?v=vmnaE6dXOtQ

Vira virou
http://www.youtube.com/watch?v=yy81eUbpY7M

O occhi manza mia
http://www.youtube.com/watch?v=R2BCZ48jMGQ

Yesterday
http://www.youtube.com/watch?v=gLvB6sZcDpY

Có, có, có
http://www.youtube.com/watch?v=f_XE5titAQE

12.11.11

ensaio geral

Hoje fizemos nosso ensaio geral, com presença da pianista Ivana. Trabalhamos o aquecimento cada vez mais no sentido de que os ganhos técnicos do exercício consseguissem ser manifestados na hora de cantar de verdade. Também foram trabalhados os vocalises de relaxamento.

Do repertório, primeiro trabalhamos os pontos que ainda poderiam ser de entrave detectados no ensaio anterior. Em seguida, passamos o repertório todo na ordem da apresentação.

6.11.11

reta final

O ensaio de hoje contou com os dez coralistas, sendo que o tenor Kiyoto atuou também no violão. (A pianista Ivana não pôde comparecer e o violonista Heitor decidiu não participar).

Fizemos um aquecimento bastante puxado e, em seguida, passamos o repertório de acordo com a ordem do programa, mas com pausas entre as músicas, para todos os ajustes necessários. A afinação caiu nas primeiras duas músicas, mas depois conseguimos que ela fosse mantida.

Tentamos passar a Occhi no andamento proposto pelo professor Marco Antonio (bem mais andado) e com o acréscimo da repetição da última parte. Não saiu bom. Foi como se estivéssemos aprendendo uma obra nova (principalmente para sopranos). Decidimos retomar o andamento antigo. Esta será a primeira peça que trabalharemos no ensaio geral, semana que vem, antes da passagem geral do programa.

As demais peças saíram boas e pudemos dar uma atenção especial ao Yesterday. Ficou decidido que:
-o tenor Kiyoto vai fazer introdução e acompanhmento ao violão e cantar ao mesmo tempo.
-após a passagem das três primeiras estrofes, haverá uma repetição total, mas o coro (inclusive sopranos) cantará com boca chiusa. Após essa passagem, retorna o texto da última estrofe e a última frase é feita novamente com boca chiusa. Ficou bem bonito desse jeito e o trecho em boca chiusa está soando muito bem.

Semana que vem: ensaio geral, dia 12/11, sábado, às 15h30.

30.10.11

bem acompanhados

Hoje tivemos um ensaio tranquilo e produtivo com a participação da pianista Ivana Paschon.

Primeiro, puxei bastante o aquecimento, com grande quantidade de vocalizes e também aumentando a extensão. 

Em seguida, passamos a Có,có,có. As primeiras tentativas de entrada em conjunto com a pianista foram até engraçadas, não deram certo. Depois de combinar algumas coisas com ela (precisava conseguir respirar com o coro e entrar no tempo), a entrada fluiu melhor. Tivemos que relembrar a terceira voz, dos homens, porque inicialmente  eles entraram com tudo na linha de soprano duas oitavas abaixo... Após algumas passagens, estávamos bem melhor.


Depois de trabalharmos a Có,có,có com a Ivana, passamos uma vez o repertório todo, na ordem definida semana passada. Repeti algumas das execuções e novamente tratamos do cuidado com o tom inicial de cada peça, de como isso vai funcionar no concerto. Ficamos todos felizes com a passagem de Vira virou! Parece que esta peça finalmente "virou música"!

Hoje também começamos o acompanhamento de Yesterday. O tenor Kiyoto conseguiu cantar e tocar ao mesmo tempo. Depois da segunda parte, ele prosseguiu ao violão com o acompanhamento harmônico. No próximo ensaio, devemos contar com a participação do violão do Heitor Isoda solando com a melodia. Ivana deu uma sugestão que fuincionou muito bem: nessa parte instrumental, contraltos, tenores e baixos executaram a melodia em boca chiusa. Ficou muito bonito! Heitor assistiu a essa etapa final do ensaio, para saber como deverá fazer na semana que vem. Por último, passamos a Có,có,có novamente. 

A pianista Ivana deve estar presente ao próximo ensaio! Os dois ensaios que restam serão de aperfeiçoamento do repertório (ainda preciso ensaiar o corte dos cânones) e de ajustes e definições para o concerto do TCC.

23.10.11

passagem geral

Hoje tivemos mais um ensaio com o coro completo. No aquecimento, introduzi um vocalize novo, com a sílaba "bla", para relaxar  musculatura nesta etapa final de 2011. Em seguida, conversamos sobre uma ordem apra o programa do concerto do TCC. Determinamos a seguinte ordem para ser testada no ensaio de hoje: Señores cantores, Shalom, Alleluia, Kysha, Vira, Occhi, Yesterday, Có,có,có. 

Antes de passarmos essa sequência sem intervalo entre as músicas, procurei trabalhar alguns pontos que tinha considerado problemáticos no último ensaio: a linha de tenores em Yesterday e contraltos no final do Vira

A passagem do programa durou aproximadamente vinte minutos, após o que fizemos as seguintes anotações:
-trabalhar a dinâmica no Shalom, para trabalhar o encerramento da peça;
-trabalhar a minha regência em O Occhi (sinto que está bem ruim, prejudicando o desempenho do coro, já que não parece haver mais dúvidas em relação à leitura da peça e o resultado sonoro ainda está aquém do que pode ser;
-trabalhar a afinação em Yesterday.

Dedicamos os trinta minutos finais do ensaio ao trabalho desses itens. 

No Shalom, conseguimos produzir uma dinâmica mais gradual e definir uma dinâmica para o final: por sugestão do baixo Gil, vamos reduzir a dinâmica no meio do cânone, porém terminar com o coro cantando forte. Semana que vem preciso conseguir executar melhor o encerramento.

Ao repassar a O Occhi, notei um melhor resultado. Vou estudar o que fazer até o ensaio que vem.

A afinação do Yesterday foi novamente revista com os tenores; em seguida, juntamos tenores e baixos; depois, tenores, baixos e contraltos. Finalmente, passamos todas as quatro vozes. Depois deste trabalho, tivemos um resultado sonoro muito bom! Ainda existe a possibilidade do Heitor tocar violão nesta música. Depois do esaio, trabalhei a harmonia da peça com o tenor Kiyoto ao violão. Semana que vem será a data limite para juntarmos os instrumentos com o coro.

16.10.11

separados e juntos

Hoje tivemos vários ensaios em um. Começamos aquecendo os naipes de soprano e contralto. Pedi para que os coralistas (exceto Lucas) caprichassem no apoio e imaginassem um som mais encorpado, mais "mulherão".

Em seguida, trabalhei com contraltos repassando todas as peças do repertório. O foco do trabalho com este naipe foi a afinação, principalmente a dos saltos melódico sde meio tom. Também observei o aspecto do timbre e testamos posições das integrantes até encontrar aquela mais confortável para todas elas (a que corresponde à melhor sonoridade). 

Antes de ouvir as sopranos, juntamos os dois naipes para passar o repertório em que ambos cantam em uníssono: Alleluia, Cantem señores e Shalom. A passagem de Cantem señores foi especialmente animada. Distribui algumas frutas que estavam na sala entre os coralistas para entrarmos no espírito de "festa da colheita" de que imaginamos para esta peça e a execução saiu bastante expressiva! 

No ensaio só com os sopranos, em seguida, o ponto que exigiu maior dedicação foi a fixação do ritmo em O occhi. A melodia e texto de Yesterday e Kysha já estão mais firmes.

No aquecimento com os naipes masculinos, também pedi mais corpo e tonicidade aos coralistas. Na passagem do repertório uníssono, precisei reler a Có,có,có, procurando acertar os saltos de sétima maior e menor exigidos nos versos finais da música.
Aos tenores, pedi bastante apoio e que acreditassem nos agudos em todas as passagens mais exigentes, no Vira, Occhi e Yesterday. No Vira, trabalhamos também o andamento, que tem atrasado um pouco devido às notas pontuadas na introdução e na parte intermediária.

Com os baixos, procurei trabalhar a afinação nos saltos, pedindo leveza na sua realização. Pedi para que eles canalizem a energia para a tonicidade em vez de direcionarem tudo à dinâmica, especialmente nas peças e trechos em que soprano precisam aparecer mais.

Na sequência, juntamos todas as vozes mantendo a formação criada na semana passada, com os coralistas em duas fileiras. No geral, obtivemos bons resultados. Cuidei para regular o momento em que cada naipe confere a afinação, antes de começar a peça. Propus que me devolvessem o tom dado com boca chiusa, mas provavelmente teremos que usar ou uma vogal padrão ou continuar usando a primeira sílaba da música. Na maioria das peças, precisamos recomeçar para acertar o andamento. Espero que as diretrizes passadas hoje tornem esse início mais imediato no ensaio que vem. Após essa passagem geral pelo repertório, anotei pontos para trabalharmos na próxima semana:
-afinação de contraltos na cadência final de Vira virou (contraltos já responderam muito prontamente ao trabalho de afinação de hoje! Estamos realmente em uma fase de lapidação);
-afinação de tenores em Yesterday;
-linha dos baixos no final do refrão de Vira virou (ponte para a repetição) e em um trecho do Kysha, além de conferir se a linha do Occhi está realmente ok).

O plano para a semana que vem é passar o repertório todo corrigindo o que foi observado hoje (o que inclui os ajustes necessários mencionados acima) e fazer uma passagem corrida de todo o repertório, já no esquema do que será o concerto do TCC.


8.10.11

sábado!

Primeiro vez que ensaiamos em um sábado e mais um ensaio com o coro completo. 

Começamos conversando um pouco sobre a experiência da semana, com a presença do tenor Rogerio. De modo geral, todos gostaram de poder visualizar um limite mais estendido das suas possibilidades vocais no momento, com os vocalizes bastante "puxados" que o Rogerio conduziu. Os baixos sentiram-se especialmente inspirados para cantar. Ficou claro que a experiência foge um pouco da proposta do canto coral, mas que, mesmo dentro de um trabalho com canto coral, é importante atentar para o canto de um modo mais totalizante, até para justamente expandir os limites do que é possível fazer. Assim, nos aquecimentos, depois dos vocalizes "operísticos" propostos pelo Rogerio, introduzi três vocalizes com outras consoantes (que não o "s") e aumentei a extensão para todos os naipes.

Em seguida, a meta de hoje era passar todo o repertório com ênfase na interpretação. Para isso, tive que me concentrar muito na minha regência. Eu expliquei ao coro que, agora que eles têm o repertório lido, eu precisava reduzir meu espaço de atuação e tentar "arrancar" a expressividade do coral com um mínimo de gestos e zero de "caminhada". Kiyoto propos que eu ficasse sobre um tapete. Dobrei o tapete até ele ficar um quadradinho da largura do meu quadril e tentei me manter apenas sobre ele. Viviane chamou atenção para a flexão que eu estava fazendo nos joelhos. Comecei a tentar parar com tudo isso e realmente concentrar em reduzir o gesto todo a um mínimo.

Começou a chover logo no início da passagem do repertório. Não sei se foi o tempo abafado e chuvoso, com pouca luminosidade, mas estava difícil segurar a afinação. Precisamos redobrar a concentração para dar mais certo. O Kyshá saiu bastante bom. Pedi para os sopranos "cantarem" ainda mais o começo do texto (tentei pedir com gesto e depois oralmente). Então a Katia sugeriu que os sopranos estivessem mais ao centro do palco. Não concordei em inverter a posição dos naipes na linha, mas disse que poderia haver uma outra formação com sopranos a esquerda e tenores atrás e contraltos a direita com baixos atrás. Refizemos o Kyshá e saiu bem melhor!

A partir daí, conservamos a formação para executar as outras peças.

Vira virou saiu melhor do que todas as vezes anteriores! Afinação e fluência, ficou bem bom. Percebi que ainda precisamos calibrar os tenores ritmicamente, estão atrasando. Sopranos comentaram ao final que se sentem cansadas após cantarem o Vira. Disseram que é um cansaço geral, não um cansaço vocal. Acho que eles ainda devem estar respirando um pouco "em cima", no peito. Seria bom trabalharmos isso. Fiquei muito satisfeita com a execução do Vira e com o fato de estar enxergando, aos poucos, pontos a serem trabalhados pelo coro nos naipes. Decidi manter o ensaio de naipes na semana que vem.

Ainda há dúvidas no naipe de sopranos na execução da Occhi e será bom que eu trabalhe de uma maneira mais analítica até o ensaio que vem para propor as diretrizes de interpretação com mais clareza, verbalmente e na minha regência. Um poto positivo é o de que a peça está bem afinada!

No Yesterday, tivemos uma primeira execução ruim e uma segunda execução que foi a melhor de todas as vezes. Consegui com a regência trabalhar a dinâmica da peça! A formação em duas fileiras mostrou-se realmente muito eficiente, também para a afinação. Sopranos conseguiram cantar melhor a melodia principal. Ainda preciso escutar melhor os tenores. Os baixos soaram mais equilibrados na nova posição atrás de contraltos.

A Cococó saiu "de prima", sem que tivéssemos que relembrar as vozes. Em seguida, toquei mais ou menos os acordes da introdução (arranjo com piano) e os naipes conseguiram encontrar a afinação a partir deste acompanhamento! Fiquei muito satisfeita. Se conseguirmos um pianista, dá até vontade de ler mais uma peça do Guia prático com o coro, eles assimilaram tudo muito rápido. Particularmente, gostei bastante de reger uma peça totalmente homofônica!

Terminamos o ensaio com uma regência / exercício de dinâmica a partir do Shalom. Foi meio improvisada, mas foi um bom exercício.

Próximo ensaio, então, será ensaio de naipes (das 13h30 às 17h) e ensaio com todos das 17h às 18h (só para juntar o que for visto nos naipes). Meta: passar o repertório todo lido até agora.

2.10.11

visitante tenor!

Hoje o ensaio foi especialmente animado, com a visita do tenor Rogerio Urquizas e a presença do coro completo. Começamos, com meia hora de atraso, pelo exercício de respiração que fazemos toda semana. Em seguida, Rogerio entrou com uma série de vocalizes que desafiaram as habilidades do coro no trabalho de ressonância, projeção, sustentação e agilidade. Rogerio é cantor lírico e conduziu o aquecimento com exercícios para "arrancar" a voz dos coralistas. Procurei deixa-lo à vontade na condução; apenas reforcei ao coro em alguns momentos a importância de se manter o tempo todo um bom apoio.

Após os vocalizes, iniciamos a leitura de Có,có,có, de Heitor Villa Lobos (ver partitura abaixo). Como a peça é homofônica, passei o texto "falado no ritmo" ao grupo todo. Decidi não apresentar a partitura nesta hora (distribuí no final do ensaio). Cobrei do coro que as entradas e respirações estivessem de acordo com a minha mão, mesmo sem a presença da melodia naquele momento. Em seguida, Rogerio foi para a outra sala com os naipes masculinos e eu permaneci com mulheres e soprano Lucas na sala habitual de ensaio passando a voz de sopranos e contraltos. A melodia tem saltos dissonantes para os padrões do sistema tonal diatônico. Ainda vamos precisar calibrar essas chegadas, mas a leitura de modo geral fluiu bem. Na outra sala, com auxílio de um teclado, Rogerio aproveitou o "tempo extra" (a Có, có, có é escrita a três vozes e os naipes masculinos cantam a mesma linha) para escutar os homens no Vira virou e passar uma alteração que programei na linha dos baixos, para agilizar o retorno na repetição do refrão.

Acabamos migrando para essa outra sala para juntar as três vozes do Có, có, có (a junção de soprano e contralto já tinha sido bem sucedida!) e logo na primeira vez já saiu muito bom! Aproveitamos para passar Alleluia, Cantem señores cantores, Kysha e Vira virou. A última saiu ainda meio arrastada. Como o som naquela sala tende a ficar muito "espalhado" (a sala não deixa ouvir como está realmente a distribuição dos pesos nas vozes), voltamos à sala orginal. Preciso ainda de leveza nos naipes de soprano e contralto. Tenores aida tendem a atrassar algumas passagens (as pontuadas) e baixos ainda precisam acertar afinação e controlar o volume, mas já melhoraram bastante e o ensaio de hoje com o Rogerio foi muito produtivo, especialmente em relação à performance dos homens.
Em seguida, passamos o Occhi. Como o final não estava bom devido à dúvidas ainda de leitura, Rogerio propos nova separação do grupo pra ensaio de naipe. A volta teve grandes melhoras! O mesmo aconteceu na execução do Yesterday. Nesse caso, pedi para sopranos realmente estudarem a sua parte, porque o coro precisa que o naipe (que indiscutivelmente tem a melodia "principal") esteja bem fluente para que a música aconteça.

Passamos a Có,có,có mais uma vez (foi necessário relembrar rapidamente algumas partes, mas a música saiu muito bem) e terminamos o ensaio com Shalom. (Semana que vem vamos trabalhar dinâmica a partir desta peça, a partir de sugestão do baixo Gil).

Depois disso tudo, foi a vez do Rogerio dar uma amostra da performance de um tenor. Ele cantou uma zarzuela (No puede ser) e uma ária da ópera Macbeth (Ah la paterno mano). Todos nós agradecemos muito ao Rogerio pelo ensaio animado e produtivo com a sua participação!


25.9.11

interpretação a caminho

Várias atividades no ensaio de hoje, em horário um pouco mais tarde que o habitual e com ausência da contralto Camila:

-definição da data da banca;
-novos vocalizes no aquecimento;
-trabalho com a interpretação das peças já lidas.

A banca será (com 99% de confirmação) no dia 19 de novembro às 10h no auditório do departamento de música. Conversamos sobre os ensaios finais e vimos que não será possível (e nem necessário, na verdade), termos mais um ensaio no auditório. Até porque (preciso ainda confirmar isso) pretendo apresentar o aquecimento no palco, para cobrir a parte de "aula" pedida pelo regulamento do tcc (e já aproveitando para "aquecer" o coro no palco com o público na platéia). Tivemos mais uma alteração no calendário: o ensaio de 06 de novembro será no dia 05 (um sábado), às 15h30, no local de sempre.

Depois da conversa sobre as datas gerais, começamos o aquecimento com os exercícios de respiração e vocalizes. Hoje, após o exercício de ressonância, eu trouxe de volta um vocalize que tinha tentado fazer logo no início, com as vogais I E A O U em uma nota parada. Pedi para manterem a projeção do I nas demais vogais. O exercício hoje funcionou bem! No início, quando tentei executá-lo da primeira vez, os coralistas em geral não tinham "fôlego" para sustentar a frase até o final! Muito bom ver, nessas horas, o quanto progrediram! O vocalize com sttacato em intervalo de terças está saindo bem suave. No final, propus um vocalize em arpejo chegando até a oitava, bem ligado. Com este, deu para subir acima da extensão normal cumprida nos ensaios até agora (sopranos chegaram pela primeira vez a um Si natural). A execução foi mais complicada, o resultado não saiu tão bom como nos demais vocalizes e achei isso ótimo agora, para que nas próximas semanas (vou ver como conduzir o exercício com as oitavas) eles percebam o quanto podem crescer. (vou insistir na questão do apoio! Acho que dá para manter o exercício no aquecimento).

Finalmente, a proposta do ensaio de hoje foi repassar o repertório com foco na interpretação. Propus trabalharmos hoje as primeiras peças que lemos. Considerei que a Occhi e a Yesterday ainda precisam de um pouco de reforço na melodia de cada voz e na junção das vozes (falta muito pouco, mas ainda falta segurança. Isto se confirmou, de certa forma, no ensaio de hoje). 

Começamos pela Alleluia. Nesta peça, propus que déssemos atenção aos "arcos" das frases, procurando combinar arco da frase e acentuação da sílaba tônica de "alleluia", a única palavra do texto, e tirar o peso da sílaba final e do final dos arcos de frase. Cantei a peça uma vez indicando com as mãos os acentos e recuos. Eles ficaram surpresos com as possibilidades da música e na sequência cantaram a peça algumas vezes. De modo geral, a música surgiu e fluiu bem e conseguimos ter um bom resultado também no cânone. Com o "relaxamento" na hora de cantar as frases, a afinação geral tinha caído meio tom ao final da música. Isto se repetiu em quase todas as músicas que fizemos hoje focando a interpretação! Mas foi fundamental termos dado o passo de cantar a música desse jeito "mais musical". O tenor Yutaka chegou a comentar que sentiu que tínhamos alcançado alguma "profundidade" no canto (fazendo um gesto para frente e para trás com as mãos) e que até agora estávamos num âmbito que ele indicou com as mãos por um gesto para cima e para baixo. Achei o comentário preciso, pois foi justamente isso o que aconteceu (e escrevi sobre isso esta semana no texto que comecei a preparar para a monografia do tcc). Trata-se do seguinte: até agora, trabalhamos prioritariamente a afinação, ou o eixo "vertical" (das alturas) apontado pelo Yutaka. Agora começamos a objetivamente trabalhar a música de um jeito mais tridimensional.

Na sequência, passamos a Cantem señores cantores. Propus ao grupo masculino (que faz a segunda voz) articular o texto ("don don don don...") imaginando um violão que tem as cordas pinçadas, valorizando o ataque do "d" e a ressonância do "n" e com energia. Às mulheres (e soprano Lucas), propus manter a leveza e atentar para a pronúncia aberta do idioma espanhol e, principalmente, às sílabas tônicas de cada palavra (o que vai nos ajudar a construir as frases). Foi um pouco difícil executar tudo isso ao mesmo tempo. Na execução com as vozes agudas, a afinação conseguiu ser mantida até o final.

Na Kysha po po, propus a articulação bem sttacato do "po" e bem marcada em todo o texto, tantando buscar a imagem do trem maria fumaça de que fala o texto. O tenor Yutaka (tradutor intérprete de japonês), disse que o "po" poderia fazer alusão à fumaça e ser meio "soprado". Achei bom, desde que a vogal não desapareça. Pedi para os outros naipes reduzirem a dinâmica na entrada da melodia de soprano, valorizando a primeira frase. Na segunda frase, sopranos já podem se integrar às engrenagens do trem. Pedi para acentuarem os "tês" das palavras "toneru" e "tekyo" ("túnel" e "ponte") e propus um crescendo no final do texto, antes do retorno. A resposta do coro foi excelente!  Tive que cortar a primeira entrada para encontrar o andamento (estava um pouco lento, com os coralistas ainda "processando" o monte de informações propostas de uma vez), mas com a afinação já bem consolidada (e mantida até o final!), hoje a música cresceu muito! Vou pensar durante a semana em como podemos melhorar a partir daqui. Sempre há o que trabalhar!

Para o Vira virou, propus acelerarmos radicalmente o andamento! Cortei também a primeira execução logo após a introdução. Percebi que o coro não estava acreditando que era assim rápido mesmo. Quando conseguimos executar tudo no andamento proposto, a música fluiu melhor. No próximo ensaio, vamos tentar deixar a execução toda mais leve, todas as articulações e continuar regulando a prosódia (hoje também continuamos o trabalho começado no ensaio passado, de acentuar as sílabas tônicas tirando o acento dos finais de frase). Conversamos também sobre reduzir a dinâmica das demais vozes (principalmente dos baixos) para valorizar o soprano.

Passamos uma vez a Occhi. Saiu bastante boa, a afinação. Sopranos ainda não estão firmes no ritmo quando há contraponto com as outras vozes (são três trechos, em especial), mas resolvendo isto a partir do próximo ensaio, podemos começar o trabalho de interpretação também com esta música.

Yesterday ainda não está tão firme, mas hoje conseguimos avançar um pouco mais nas vozes todas juntas (Heitor ainda não deu uma resposta sobre o acompanhamento ao violão).

Não propus nada verbalmente para o Shalom, mas tentei reger os arcos de frase e preciso pensar em como será o corte do cânone.

Terminei o ensaio bastante satisfeita de perceber ao mesmo tempo o quanto todos progrediram desde o começo (inclusive eu) e o quanto ainda podemos melhorar!

Semana que vem receberemos a visita do tenor Rogério Urquizas, que deverá me auxiliar na leitura do Villa Lobos (peça do guia prático que vou escolher durante a semana) e fazer uma demostração do que um tenor é capaz de fazer...

18.9.11

funcionou!

O ensaio de hoje foi bem objetivo: juntar as quatro vozes em todas as músicas com mais rigor do que vinha sendo feito antes do ensaio de naipes da semana passada. A ausência do baixo Gil não deixou que ouvíssemos o total da melhora, mas o Olavo estava bastante firme na linha e tivemos uma boa noção do progresso do coro. Eles não pareciam tão seguros do resultado sonoro quanto eu, mas estavam nitidamente mais seguros em relação ao que tinham que fazer (o que, em si, já contribui para a afinação e o resultado sonoro do conjunto).

Pontos para pensar e trabalhar até a semana que vem:

- preciso de um vocalize que explore saltos melódicos mais variados. Os exercícios de ressonância e apoio devem ser mantidos, mas já posso propor a eles algo mais "arriscado" ou "virtuosístico" no aquecimento. Hoje o som deles estava muito consistente, cheio e tive que fazer poucos ajustes (pedi, por exemplo, para não pressionarem a nota mais aguda em um dos vocalizes; os saltos de terça em sttacato já estão saindo bastante suaves e afinados!)

- preciso definir a última peça a ser lida pelo coro na temporada de 2011, enquanto lapidamos as peças já lidas. Na verdade, acho que a nova peça já vai ser lida "meio lapidada" em relação às lidas anteriormente. (Bom, isso tem acontecido a cada peça que lemos).

-fiquei de definir alguns pontos em cima dos quais cada coralista possa (voluntariamente) escrever sobre sua experiência no coro ao longo dos seis meses trabalhado até agora.

No mais, definimos que o ensaio de 9 de outubro será no sábado, dia 8, às 15h30.

11.9.11

lapidação

Hoje tiramos o domingo para ensaiar os naipes. A única ausente foi a contralto Camila. Ensaiamos tenores e contraltos de manhã e sopranos e baixos à tarde. 

Alguns pontos comuns de dificuldade: a melodia do Alleluia, especialmente os saltos da terceira parte. E algo que agora é mais um desafio do que uma dificuldade: sustentar a afinação. Apenas hoje os coralistas foram cobrados quase individualmente (nos naipes) para afinar cada nota e manter a afinação ao longo da música. 

Os tenores continuam timbrando bem e precisando de mais apoio para arredondar os agudos.

Mesmo com o desfalque, foi bastante satisfatório perceber que o naipe de contraltos está ficando bem timbrado - vozes bastante diferentes como as da Katia, mais encorpada, e da Nara, que ainda tem muito para crescer, estão soando bem em conjunto!

As sopranos, sempre mais "abandonadas" nos ensaios por geralmente cantarem a "melodia principal", receberam bastante atenção hoje e pudemos resolver vários pontos de dúvida que ainda existiam, além de timbrar o naipe (era o naipe que mais me preocupava, pelas diferenças todas de idade e timbre! Estou bem tranquila com o que pude ouvir hoje!)

Os baixos conseguiram entender bem (na prática) a questão do apoio e estão se sentindo mais seguros para cantar.

Sopranos e contraltos conseguiram avançar um pouco a leitura do Você vai me seguir, que não vai ser apresentado, mas que tínhamos tomado como desafio no início. Não juntamos as vozes, mas a leitura da linha foi nitidamente muito mais simples do que na época em que começamos!

No final, consegui conversar com o Heitor sobre o arranjo de violão para o Yesterday. Daqui a duas semanas vamos ver como fica. 

O Kiyoto me passou um CD com mais imagens e vídeos do segundo ensaio no palco. Assim que possível, posto algo mais aqui no blog.

4.9.11

today

O ensaio de hoje começou quase pontualmente às 14h, novamente com a ausência do tenor Yutaka. Conversamos sobre o planejamento e logo iniciamos o aquecimento. Repeti os mesmos exercícios das duas últimas semanas, no entanto, pela primeira vez seguindo a ordem que tinha previsto inicialmente, porque não havia muitas ressalvas a fazer ou ajustes que pudessem sugerir uma mudança de planos. Em outras palavras, aconteceu que o coro pareceu ter entendido e internalizado a questão do apoio! Claro que há sempre muito a ser melhorado quando se trata de apoio, mas o primeiro passo foi dado e isto é muito bom! 

Percebi que o apoio estava presente em alguns momentos em que normalmente  (nos ensaios anteriores) tinha que interromper o vocalize. Por exemplo, nos movimentos melódicos descendentes. Também as notas mais agudas dos vocalizes saíram sem que soassem "forçadas". Muito animador mesmo!

Cantamos o Alleluia em andamento mais reduzido e anotei alguns pontos para trabalhar com os naipes na semana que vem.


Vídeo sem edição com os vocalizes e o Alleluia
 
Em seguida, juntamos o Occhi. Relembrei rapidamente as linhas com cada naipe (ia passar só sopranos, mas tive que passar todas) e conseguimos juntar. Depois, trabalhamos o Yesterday e conseguimos ter um bom resultado (avançamos em relação à semana passada, as linhas estão mais "firmes"). Kiyoto segurou o naipe dos tenores sozinho, mas o coro irá soar mais equilibrado quando estiver completo.

Terminamos o ensaio passando uma vez cada música do repertório (exceto o Alleluia  e o Yesterday). Todas saíram muito bem! O Vira virou pela primeira vez (finalmente) conseguiu fluir! Se continuar assim, pode ser mantida para o concerto. Terminamos o ensaio com o Shalom. 

Quanto à regência, de modo geral, ainda que "no susto", tentei soltar mais a mão e até chegou a sair algum resultado em relação à dinâmica e ao andamento!

3.9.11

tomorrow: planejamento do ensaio

O ensaio de amanhã vai ter que ter rigorosamente aquela duraçao originalmente prevista, de 1h e 30 minutos. Assim, pensei em 20 minutos para o aquecimento, 50 minutos para trabalharmos o Occhi e o Yesterday e o restante do tempo para cantarmos um pouco o repertório mais consolidado.

Vou propor também que o ensaio da semana seguinte a esta seja um ensaio de naipes. Desta vez, o objetivo não será tanto trabalhar as questões vocais por meio dos exercícios de nota longa (o ideal seria até que o aquecimento fosse conjunto, para ganharmos tempo), mas sim passar com cada naipe as linhas de cada música, para "limpar" os errinhos que tem permanecido desde que juntamos as quatro vozes. Acredito que, depois disso, na outra semana, teremos uma melhora na afinação do conjunto e poderemos começar a trabalhar mais a fundo os aspectos musicais. Neste ensaio do dia 11/9, então, o foco será aprumar a afinação das linhas melódicas, a pronúncia, o ritmo. Enfim, limpeza geral. Também devo ler com cada naipe a respectiva linha do coral de Bach, que devo finalmente escolher durante a próxima semana.

Uma outra decisão foi a de não contar, inicialmente, com o Hey Jude para o concerto do TCC. Se for possível trabalhamos esta peça até lá, mas pensei que será mais produtivo, agora, que eles, já tendo enfrentado o Yesterday, tenham contato com um Bach.

28.8.11

yesterday...

Hoje não pudemos contar com a presença da Nara (trabalhando) e do Yutaka (de cama), mas conseguimos ter um ensaio produtivo.

No aquecimento, aproveitei os comentários do professor Marco Antonio durante o ensaio na usp para enfatizar a importância do apoio ao cantar. Joguei com a ordem dos vocalizes em função da resposta do coro (assim: no começo, logo após os exercícios de respiração, achei que estavam demorando muito para retomar o ar, então propus o vocalize staccato para regular isso antes de prosseguirmos). Percebo que já posso fazer uma série de solicitações ao coro e ter uma resposta satisfatória e imediata (por exemplo, em relação à qualidade do som, "mais cheio" e "mais redondo" e ainda à emissão, "mais projetada").

Cantamos uma vez o Alleluia e passamos o ensaio todo finalizando a leitura do Yesterday. Repassei a linha com baixos e tenores, juntei os dois, passei contraltos, juntei os três, passei sopranos e juntei todos. Dos sopranos, pedi para apoiarem muito para conseguirem alcançar os agudos. A nota mais aguda é um mi (no aquecimento hoje chegamos a um lá acima), mas o naipe precisa trabalhar o apoio para conseguir permanecer (com folga) na região mais aguda.

Escolhi finalizar a leitura desta peça em vez de mexer no restante do repertório. No encontro de hoje, conseguimos também conversar sobre os seguintes pontos: 

-data da banca: é melhor que seja no início de novembro, antes do congresso que o professor Marco vai presidir e antes do período de final de ano.

-continuidade: todos desejam que haja uma continuidade do trabalho após o tcc, mas ainda não conversamos sobre como seria.

-repertório: ainda quero trabalhar um coral de Bach. Sugeri a supressão do Vira virou do repertório da apresentação, mas todos foram contra. Então, vamos ter que deixa-la boa! (eu pensei que eles estivessem muito aborrecidos de terem que cantar esta música, mas se eles querem que ela permaneça, me sinto mais à vontade para continuar o trabalho com ela.

Terminamos o ensaio cantando o Shalom (cortado a três vozes, como sugerido pelo professor Marco no ensaio da semana passada).

21.8.11

segunda vez no palco

Foto: Marcos Kiyoto
Segundo ensaio no palco, novamente com todos os coralistas presentes.

Começamos com exercícios de respiração (segurei as entradas para dar tempo de os coralistas buscarem e sentirem o apoio). No exercício de ressonância, propus que eles sentissem os espaços da sala e do corpo. Nos vocalizes, enfoquei os ligados, o ataque na nota mais aguda e, no staccato, o ataque limpo, sem forçar a garganta. Tentei puxar o andamento dos exercícios para “acordar” o coro, porque estava fazendo muito frio!

Cantamos o Alleluia para soltar a voz e, para aproveitar a visita do professor Marco para passar o repertório todo, começamos o trabalho hoje pelo Yesterday. Deu tempo de repassar as vozes da primeira parte e trabalhar o “encaixe” do texto da segunda letra. Antes de o professor chegar, conseguimos juntar as quatro vozes nessa primeira parte e começamos a leitura da segunda parte com baixos e tenores. Quando o professor chegou, começamos a passar o repertório.

Enquanto passávamos as músicas na sequência normal dos ensaios (Alleluia, Señores, Kysha, Vira, Occhi, Yesterday, Shalom), ele foi “arrumando” a minha regência (que na verdade vai começar a virar regência mesmo a partir de agora! vou deixar de apenas marcar o tempo) e fazendo observações sobre o coro, indicando estratégias de trabalho. Ele enfatizou a questão do apoio, principalmente em relação aos baixos, que é algo que tenho tentado trabalhar esse tempo todo. Ele também comentou sobre o andamento do Occhi (que deve ser mais andado) e disse que o coro está lendo o Yesterday com relativa facilidade porque já atravessou todo o processo das leituras anteriores (o Vira virou, que até hoje nos dá canseira, é bem mais simples que o Yesterday).

Com essas observações todas, terei muito trabalho até o ensaio da semana que vem!

Vídeos:
(edição de Marcos Kiyoto)

Alleluia: 



Cantem señores cantores:



Kysha po po: 



Vira virou: 


 
Oh, occhi manza mia: 



Shalom:

14.8.11

grupo completo

Hoje não tivemos nenhuma ausência e aproveitamos o ensaio para passar todo o repertório (pensando no ensaio de palco da semana que vem).

No aquecimento, acrescentei ao vocalize com intervalos de terça um trecho em staccato. Fiz “para ver o que acontecia” e percebi que no estágio em que estamos vai ser bom trabalhar um pouco com ele (vai ajudar a entender e usar o apoio, além de suavizar o ataque!)

O Vira virou continuou melhorando. Ainda demora um pouco para “pegar no tranco”. Mesmo dominando a peça, o andamento rápido ainda assusta o coro no início e é preciso parar e recomeçar (bom, preciso melhorar a qualidade da entrada, devo estar sinalizando muito mal).

Na sequência, conseguimos “encorpar” a execução do Occhi, melhorando os pontos que haviam ficado pendentes no último ensaio. Ainda falta conquistarmos mais segurança, mas hoje melhoramos bastante!

Por fim, conseguimos ter quase uma hora (antes do almoço de dia dos pais) para olharmos para o começo da peça nova, tirada de um pout-pourri dos Beatles. Começamos por Yesterday. Primeiro, demos uma geral em algumas alterações na partitura (deixamos algumas células rítmicas mais próximas da gravação original, corrigimos alguma coisa da notação, inserimos a segunda letra da maneira como propus “encaixar”). Então, passamos para a leitura rítmica e melódica da primeira parte já com a letra. Começamos pelos baixos, passamos para os tenores, juntamos os dois, passamos contraltos, juntamos os três e, por fim, lemos rapidamente o soprano (que melodicamente estava fiel à gravação) e juntamos as quatro vozes. Ainda falta firmeza, mas conseguimos um bom resultado para a primeira leitura e o restante da peça (que emenda em Hey Jude), deve sair sem grandes dificuldades. Passamos o trecho a quatro vozes algumas vezes e, na última, fizemos a repetição já com a segunda letra. Importante: para juntar as quatro vozes, alteramos toda a posição dos naipes. A sequência soprano, contraltos, tenores, baixos passou para sopranos, baixos (que tem a linha mais destacada em relação à homofonia os demais), contraltos e tenores.

Para cantar o Shalom, dissolvemos as fronteiras entre os naipes e assim tivemos três vozes mistas para o cânone. O resultado foi uma maior homogeneidade. Vamos pensar se não vale à pena transformar esta na formação “oficial” para o Shalom.

Próximo ensaio: 21/08 no auditório do Departamento de Música da ECA.

12.8.11

orientador de volta!

Hoje consegui me comunicar com o professor Marco Antonio. Ele está de volta! Ainda não descobri se ele vai poder estar presente, mas já agendei o segundo ensaio no palco do auditório para o domingo 21/08. Espero em breve conseguir conversar com ele, estou precisando de orientação, especialmente na regência (sem contar os últimos ajustes no repertório, a parte escrita do trabalho, o cronograma...)

7.8.11

apoio e leitura

Hoje foi dia de ensaiar o naipe de sopranos. Como a Kátia seria, até o momento, a única integrante que não teria trabalhado os exercícios de nota longa, ela foi acolhida durante a parte de técnica vocal. Em seguida, trabalhei com as sopranos a leitura do restante do Occhi.

O ensaio geral (com ausência da mezzo Camila) foi rigorosamente dividido nas três partes de aquecimento, repertório antigo e leitura.

No aquecimento, continuei com o foco no apoio. Retomei a ideia que venho colocando desde o início, de que a “quantidade de ar” na retomada é sempre a mesma, independe do quanto vai durar a “nota” e que o que importa é a maneira como o ar vai ser gasto, que é controlada pelo apoio. Também fiquei atenta às questões de postura, principalmente quanto à inadequação da posição da cabeça (ora mais para trás, ora mais para frente em alguns dos coralistas) e da “barriga para frente”, que também tem acontecido às vezes e que compromete muito o apoio. Nos vocalizes, além dos exercícios já trabalhados, propus um contendo intervalos de terça (todos os nossos exercícios até agora foram de grau conjunto).

Conseguimos passar o repertório já lido com bastante fluência. O Vira virou melhorou mais um pouco (foi realmente bem melhor ter mudado o andamento). Por fim, trabalhamos o final da leitura do Occhi e conseguimos passar a música toda inteira pela primeira vez, ainda que com várias passagens bem pouco seguras. Cantamos o Shalom mais uma vez com a sensação de que fizemos o máximo possível!

31.7.11

apoio máximo!

Hoje trabalhei técnica vocal com o tenor Yutaka (Kiyoto participou, embora o foco fosse o Yutaka). Passei a ele os exercícios de nota longa e avaliei os progressos que ele fez desde sua “descoberta do apoio” e vi que, apesar de ele ter entendido onde estava o apoio, ele não estava ainda usando o músculo corretamente e nos momentos necessários.

Em seguida, no ensaio geral (com desfalque de Viviane e Gil), aproveitei e propus a todo o grupo que buscasse perceber o apoio nesse momento imediatamente entre a entrada do ar e o ataque (seja do “s” da respiração ou da emissão do próprio som). Passei por todos eles, um de cada vez, e fiz com que eles percebessem esses movimentos no meu corpo (sentindo com as mãos minhas costelas se abrindo na entrada do ar e o músculo sendo contraído ligeiramente antes do ataque). Vi que isso foi muito bom para a compreensão deles e que, a partir dessa compreensão, eles podem aos poucos tornar natural essa prontidão do apoio na hora de cantar, começando por essa atenção durante os exercícios. Para “forçar” a percepção deste momento, ao reger o exercício de respiração em 4, 8 e 12 tempos, procurei fazer uma pausa justamente entre a tomada de ar e o ataque.

Depois do aquecimento, passamos o repertório todo uma vez. Olavo estava sozinho no naipe dos baixos, mas conseguiu sustentar o coro! Graças a isso, conseguimos imprimir ao Vira virou um ritmo mais andado e a música finalmente saiu mais fluida (e prazerosa para cantar e reger). Na sequência, avançamos a “junção” das vozes do Occhi, da primeira para o início da segunda parte.

Terminamos o ensaio cantando satisfeitos o Shalom.

24.7.11

naipes!

Hoje, diante de alguns desfalques previstos (Kátia, Yutaka e Lucas), programamos uma série de ensaios de naipe, que ao todo tiveram duração de mais de quatro horas e foram bastante produtivos.

Os ensaios consistiram do seguinte: com cada naipe em separado (portanto, com grupos de no máximo dois integrantes, sendo o dos tenores composto apenas pelo Kiyoto), trabalhei a respiração e os exercícios de nota longa. Fiz anotações sobre cada integrante, para conversar com o professor Marco no retorno, mas de modo geral notei uma melhora expressiva da parte de todos eles! Além da técnica, avançamos a leitura do Occhi, para podermos juntar as vozes em breve com todos.

17.7.11

novo endereço!

Hoje foi aniversário do soprano Lucas (12 anos, espero que permaneça no naipe até o final da temporada). A festa da família se estendeu para além do horário que eu tinha imaginado como início do ensaio e propus usarmos o tempo restante para uma conversa de planejamento. Um fato muito importante esta semana é o de que nos reunimos pela primeira vez no novo endereço da família, que passou os últimos quinze dias, pelo menos, em processo de mudança. Então, conversamos também sobre a adequação da nova sala para os ensaios e foi bem produtivo.

10.7.11

no palco!

Foto: Kely Kanazawa
Hoje tivemos nosso primeiro ensaio no palco do auditório do Departamento de Música da ECA, onde, imagino, será a apresentação final do TCC. Foi tão produtivo que pensei em agendar outro ensaio desses para agosto, já com a presença do professor Marco.

Preparamos o palco formando um arco com as cadeiras, de modo que todos os coralistas pudessem ser vistos por mim a partir do piano.

Fizemos o aquecimento sem dificuldades na sala nova. O som do coro estava muito bom e encheu o ambiente. Passamos todo o repertório em um ritmo bem dinâmico. O Vira virou ainda está fraco, mas saiu melhor do que as vezes anteriores (a afinação continua caminhando de maneira estranha).

Na última parte do ensaio, passei o texto em italiano do O occhi manza mia. Decidi fazer uma experiência e não distribuir as partituras! Passamos o texto da música inteira e depois, com cada naipe, a linha dos dois primeiros sistemas. Em seguida, experimentamos juntar as vozes e saiu muito bom! Estávamos há tanto tempo tentando juntar o Vira virou que acho que o coro todo já estava se sentindo meio “sem moral” para juntar as vozes em uma música! Foi ótimo essa música ter saído assim, tão de primeira (pelo menos o comecinho). Fiquei pensando que seria bom arrumarmos mais uma peça ainda, que tivesse a escrita estruturada de um jeito que conseguíssemos um resultado parecido com este.

3.7.11

"ensaio geral"

Hoje o foco do ensaio foi o repertório. Continuamos trabalhando as questões técnicas (principalmente de apoio) no aquecimento e fizemos uma espécie de “ensaio geral” com todo o repertório visto até agora, deixando inclusive o Vira virou o mais pronto possível para nosso ensaio de palco lá na ECA, que consegui agendar para o domingo que vem!

26.6.11

jornada dupla

Hoje começamos mais cedo: fiquei duas horas só com os baixos trabalhando respiração e apoio. Passei o exercício de nota longa com eles e, em seguida, a atacamos afinação do Vira virou. Foi bastante produtivo e, no final, os percebi mais seguros para apoiarem o coro.

No ensaio geral, procurei seguir de maneira bastante rígida a divisão do ensaio em três partes, que se configurou há algum tempo, desde que temos um repertório mais “pronto” (mas ainda precisando de ajustes). Ela é assim:

-30 minutos de aquecimento
-30 minutos com repertório já lido (fazendo ajustes)
-30 minutos para leitura

No aquecimento, comecei a desenvolver mais a questão do apoio a partir da constatação do tenor Yutaka, que “descobriu o apoio” na semana passada. Assim, procurei evidenciar o “momento do apoio” desde os exercícios de respiração (esvazia, apóia, solta o “s”).

Na fase do repertório já lido, deixamos de passar somente o Alleluia.

Na leitura, então, seguimos trabalhando o Vira virou. É estranho, parece que a afinação sempre se perde e termina alta. Os baixos conseguiram estar mais presentes depois do ensaio do naipe, mas música está arrastada, sofrida e sofrível. Hoje nem trabalhamos o Você vai me seguir. Terminamos com Shalom.

19.6.11

respirando

Hoje começamos o ensaio quase pontualmente sem a presença da Camila (em semana de provas).

Tivemos avanços importantes em relação à respiração. O tenor Yutaka conseguiu entender onde era preciso apoiar a coluna de ar para cantar (estava tudo muito apoiado na barriga). O episódio ajudou o naipe dos baixos a compreender melhor o a ideia do apoio. A contralto Kátia comentou que começou a pensar em parar de fumar para ter mais fôlego para o canto.

Os vocalizes foram os mesmos da semana anterior, com o seguinte acréscimo: fizemos os vocalizes “i e a o u” e “priu” na versão convencional, subindo de meio em meio tom, e em seguida fora da sequência de afinação. (Esta atividade é proposta na dissertação do professor Paulo Rubens Moraes Costa como ferramenta de verificação de aspectos frequenciais, página 157). O coro respondeu muitíssimo bem!

Separei um terço do ensaio para passarmos o repertório. Começamos com o Alleluia (bem rapidamente) e retomamos o Señores cantores, que já não fazíamos há algumas semanas. Saiu bom na segunda vez, após alguns ajustes no ritmo. O Kysha também saiu melhor na segunda vez; depois da primeira execução em andamento bem lento, propus que o coro acompanhasse a regência e imprimi um andamento mais animado. Ainda temos alguns problemas na retomada da melodia, na repetição. Não tivemos tempo para trabalhar o Você vai me seguir.

O último terço do ensaio foi dedicado ao Vira Virou. Como estratégia para relembrar as vozes uma a uma e ao mesmo tempo fixar as idas e vindas das repetições das três partes da música (introdução, “miolo” e refrão), passei todas essas voltas com cada uma das vozes. Acho que demorou menos do que se tivéssemos selecionado apenas alguns trechos. O resultado geral está satisfatório, exceto por alguns problemas localizados que persistem. Por isso combinamos de trabalhar especialmente com os baixos antes do ensaio da semana que vem. No ensaio de hoje, também tive um cuidado com a inserção da Eleni no grupo. Tínhamos combinado de trabalhar quinze minutos antes de começar com o grupo todo, o que acabou não acontecendo, mas que deve ser feito na semana que vem, ainda que ela esteja se saindo bastante bem desde já.

Encerramos o ensaio de hoje com o Shalom.

12.6.11

nova soprano!

Hoje tivemos três ausentes: Kátia, Lucas e Yutaka (tiveram que ir a um funeral). O naipe dos tenores foi o mais prejudicado (Kiyoto ficou sozinho).

Em contrapartida, o coro recebeu uma nova integrante: a soprano Eleni, que já havia sido companheira de coro do Gil e do Kiyoto anos atrás. Fiquei de trabalhar com ela em um horário separado principalmente aspectos de respiração, além da leitura das peças que já vem sendo estudadas pelo coro.

O ensaio de hoje foi, portanto, bastante atípico, com ênfase nos exercícios vocais (segui a sequência respiração-ressonância-vocalizes).

Em seguida, em vez de tentar juntar o Vira virou com o grupo tão desfalcado, apenas apresentei aos presentes a sequência que deveremos seguir (retornos e repetições) e “brincamos” um pouco lendo o Você vai me seguir.

Além disso, passamos o Alleluia (após os vocalizes) e o Shalom (ao final do ensaio) com a Eleni.

10.6.11

orientação e prazos

Hoje consegui me reunir com o professor Marco antes da viagem de dois meses que ele vai fazer a partir da próxima semana! Conversamos em linhas gerais sobre o andamento do trabalho e cronograma. Ele propôs flexibilizarmos o cronograma, dizendo que a defesa pode ser até o final do ano em vez da data limite de setembro e que a referência deve ser “trabalhar até que o resultado esteja bom”. Isso por um lado me dá mais tranquilidade para avançar. Acho que tenho bastante o que trabalhar, entre ensaio e leituras, durante a ausência do orientador. No retorno dele é que devo me empenhar mais na parte de regência que o trabalho envolve... vamos ver!

5.6.11

frio e dificuldades

Hoje, com o tempo frio, tivemos bastante dificuldade justamente no aquecimento vocal. Mesmo acrescentando mais exercícios de respiração (propus fazermos o “s” curto e bastante ritmado, por exemplo) e vocalizes, houve uma demora maior em manter a afinação durante a execução das peças (ainda que, com insistência, conseguimos chegar ao final das músicas sem deixar a afinação cair!)

Hoje lemos o “miolo” do Vira virou. A leitura fluir bem; percebi que ainda preciso trabalhar alguma coisa com os baixos, já que a parte deles nesse trecho do “miolo” é muito parecida com o que eles fazem na introdução e mesmo assim ainda não é fácil para o naipe memorizar os intervalos dos saltos. Os tenores, apesar de terem a linha mais imprevisível, estão se saindo bem.

Além do Vira, juntamos toda a primeira parte do Você vai me seguir (“quase afinado”) e passamos uma vez o Kysha, além dos cânones (Alleluia no início, após o aquecimento, e Shalom ao final). Só o Señores cantores ficou de fora. Mesmo com a dificuldade de afinação já no aquecimento, tentei manter o que tinha planejado para este ensaio, diante do resultado do anterior, de trabalharmos o Você vai me seguir (nossa peça-desafio) logo depois do aquecimento e do Alleluia, para pegarmos o Kysha mais “acordados”. Não sei dizer se isso funcionou ou se o coro amadureceu o Kysha “naturalmente” da semana passada para cá, mas pelo menos houve uma melhora.

Depois do ensaio, conversamos sobre a possibilidade do ingresso de uma nova coralista no naipe de sopranos, a Eleni, uma vizinha da família. Kiyoto ficou responsável por fazer o contato com ela.

29.5.11

velocidade cruzeiro

Hoje o ensaio seguiu em ritmo cruzeiro, no sentido de que já temos uma rotina de ensaio! O aquecimento teve aquela sequência que já se tornou familiar ao coro: respiração, ressonância e vocalizes.

Cantamos todas as peças, exceto o Señores cantores. Percebi que a leitura do Kysha já se consolidou, mas que ainda falta “fazer música” a partir desse material lido. Tentei deixar claro para o coro que nosso desafio diante dessa peça ainda não acabou só porque ela está lida! Não é porque estamos encarando a leitura “dissonante” do Você vai me seguir que o Kysha já está dominado. Faltou presença do coro e a afinação ficou deficiente.

A leitura do Vira virou avançou da seguinte maneira: antes de ler o “miolo” da música, propus lermos hoje a coda. Deu para deixar esse trecho final bem lido antes de cantarmos o Shalom.

26.5.11

progressos

Hoje estive no Departamento de Música da ECA para, mais uma vez, trabalhar com a mezzo Camila. Ficamos em torno de uma hora fazendo os exercícios de respiração e de nota longa (maior parte do tempo) e passando a linha de contraltos do repertório visto até aqui, para esclarecer eventuais dúvidas. Notei que a Camila progrediu muito com esses exercícios (ela também notou). Um dos pontos em que isso pode ser mais facilmente percebido é em como ela está conseguindo controlar o fôlego (ela sentiu e eu percebi uma melhora no uso da respiração). Que bom!

22.5.11

leituras

Hoje seguimos com os mesmos exercícios do ensaio anterior na etapa de aquecimento.

A prioridade esteve mesmo no repertório: concluímos a leitura do Kysha e começamos a ler o Vira virou. Lemos apenas a introdução, que já passa boa parte do caráter harmônico da peça.

O coro está muito empolgado com o desafio de ler o Você vai me seguir. Hoje tive que cuidar para não passar muito tempo trabalhando esta peça.

20.5.11

orientação

Hoje consegui me reunir com meu orientador. Contei a ele que a leitura do Você vai me seguir até teve algum resultado e ele comentou que esse tipo de leitura de coisas difíceis (em relação ao que o coro pode fazer no momento) pode acabar ajudando a facilitar a leitura de peças que estejam mais ao alcance do coro. Considerando a reformulação do repertório, o professor sugeriu mais uma peça: O occhi manza mia e após a reunião passei um tempo no arquivo de partituras e no xerox preparando material para os ensaios.

19.5.11

trabalho de adaptação

Hoje trabalhei com a nova mezzo, a Camila. Em uma sala no Departamento de Música (conseguimos uma sala grande com piano bom!), passei com ela o exercício de nota longa que a professora de canto Maria Cecília de Oliveira costumava trabalhar comigo no período em que fiz aulas (2004-2006). Este exercício funciona como uma lente de aumento ou uma câmera lenta, através dos quais se é possível perceber e melhorar o som emitido. Assim, conseguimos Camila e eu logo de cara um ótimo resultado sonoro!

Além de técnica, passei as linhas de contralto do repertório lido até agora, para que a Camila se adapte no naipe novo o mais rápido possível.

15.5.11

desafios

Começamos o ensaio praticamente com os mesmos vocalizes dos últimos três encontros. Acrescentei apenas um exercício cromático e, no momento de trabalhar o repertório, propus a leitura de uma peça considerada difícil pelo orientador (e ela é bem dissonante mesmo) para o coro neste momento: Você vai me seguir. Foi difícil mesmo, mas conseguimos fazer soar alguns acordes.

Depois disso, começamos a tentar juntar as vozes no Kysha e a estratégia foi começar a “junção” parcialmente (com as vozes de duas a duas). Indo assim, aos poucos, conseguimos um resultado muito melhor ao final do ensaio. Faltou trabalharmos apenas a coda após a repetição (o retorno ainda está bastante falho).

12.5.11

nova contralto

Estive no departamento de música com a Camila para, com o professor Marco Antonio, revermos a classificação da voz dela. De fato, a Camila passou de soprano para mezzo. O professor Marco reforçou as instruções quanto à respiração. Aproveitei o encontro para conversar rapidamente sobre o repertório. Considerei boa a resposta do coro ao Kysha, mesmo sem ter conseguido ainda juntar todas as vozes. Dentre as peças que ele sugeriu para trabalharmos, pensei que Vira virou pode ser uma boa opção.

11.5.11

pensando...

Pensei que é bom ter uma peça bem “sonora” e solta, que seja para soar e liberar a voz mesmo! O Alleluia  está fazendo um pouco esta função, logo depois do aquecimento. Não dá para trabalharmos só com as músicas que ainda não estão dominadas. Nelas, a voz dos coralistas e a sonoridade do coro tendem a minguar.

8.5.11

a quatro vozes!

Hoje continuamos consolidando a estrutura do ensaio. No aquecimento, mantive os mesmos exercícios, aproveitando para trabalhar com as imagens da conversa com o orientador durante a semana.

Com o grupo completo, conseguimos começar a leitura do Kysha po po, canção infantil japonesa. Aproveitando a presença de tradutores e intérpretes no grupo, fizemos algumas correções na transliteração e passamos a pronúncia da música inteira. Em seguida, lemos as vozes em separado. O ideal seria que isso fosse feito em um ensaios de naipes, porque a leitura toma muito tempo com cada voz. Como depois disso sobrou pouco tempo, fizemos apenas uma tentativa de juntá-las. Ainda não deu muito certo, mas o resultado foi muito melhor do que eu esperava e acho que vou precisar rever o planejamento do repertório (que previa uma série de músicas a duas e a três vozes). Parece que vai ser possível priorizar um repertório coral a quatro vozes!

4.5.11

apoio

O professor Marco está com o pé machucado, então tivemos uma reunião via skype. Conversei com ele sobre a minha preocupação com a afinação, que falha em alguns momentos isolados e em como conseguir um melhor resultado de cada coralista nesse ponto. No geral, ele falou da importância da noção do apoio e da boa colocação da respiração e me passou instruções, algumas imagens que podem ser útil nesse caminho em que eu devo auxiliá-los a conhecer o próprio corpo e produzir som com ele. Algumas dessas imagens são:

-manter o ar baixo, não subir o peito
-manter a boca pouco aberta
-o apoio muda de acordo com a nota
-regular os agudos por meio do apoio
-não soltar a barriga

1.5.11

trabalhando

Neste ensaio do feriado (mais um feriado dominical), tivemos a ausência do Yutaka e da Kátia. Assim, não pensei em trazer muito conteúdo novo de repertório. Procurei aprofundar a percepção do corpo nos processos de respiração e emissão sonora e aproveitei os acordes do aquecimento para passar alguma noção de percepção auditiva dos modos maior e menor. Eles se saíram muito bem em uma sessão rápida de reconhecimento desses acordes. Expliquei que a Señores cantores está sustentada sob um acorde menor.

Depois, repassamos as músicas já vistas até aqui: Alleluia, Señores cantores e Shalom.

24.4.11

ensaio de páscoa

Hoje começamos o ensaio buscando regular a respiração. Insisti no exercício de esvaziar os pulmões e sentir o ar entrando sozinho, sem esforço. Enquanto eles faziam este exercício, fui lembrando verbalmente que eles deviam relaxar ombro e pescoço (laringe) e imaginar o diafragma apoiando a coluna de ar como se fosse uma rede ou cama elástica. São muitos conceitos a serem passados de uma vez! Preciso passá-los, para que os coralistas consigam internalizá-los aos poucos. Depois, introduzi novamente o momento de “organizar” a respiração; pedi para eles soltarem o ar em 4 e depois em 8 tempos. Percebo neste começo que há um trabalho de regência também nesse momento de aquecer o coro; tudo precisa de regência!

No exercício de ressonância, continuei tentando fazer com que eles conheçam o potencial do próprio corpo e consigam explorar as cavidades para, neste primeiro momento, “fazerem o som crescer”. Hoje pedi para eles “limparem o interior da boca com a língua” enquanto faziam o exercício.

Logo depois do aquecimento, consegui ensinar a melodia do Alleluia. A ideia era ensinar apenas a melodia em uníssono, mas já deu para tentarmos o cânone. Depois disso, trabalhamos a peça Señores cantores e, para todos os efeitos, poderíamos dizer que temos já duas músicas “apresentáveis”, esta e o Shalom, com a qual encerramos o ensaio de Páscoa.

De modo geral, sinto que os naipes estão equilibrados. Me preocupa um pouco o naipe de sopranos, já que o Lucas ainda é uma criança. Acho que ainda falta um equilíbrio do timbre neste naipe.

17.4.11

conquistando ritmo de ensaio

O ensaio de hoje foi bem parecido com o da semana anterior. Na verdade, hoje tentei explicar menos durante um exercício e outro (semana passada, como tudo era novo, acabei criando muito intervalo para explicações).

Achei bom propor um exercício de nota parada no trecho do aquecimento, para que os coralistas pudessem explorar, cantando, a percepção de ressonância que foi trabalhada no exercício de boca chiusa.

Eu tinha pensado em introduzir, logo após o aquecimento, a canção Allelluia (Mozart), que pode ser feita em cânone. Mas acabamos continuando o trabalho com os Señores cantores. Mesmo sem o domínio da leitura musical, a partitura acaba servindo como suporte para o trabalho neste momento. O ritmo ainda está um pouco desencontrado na execução a duas vozes e tivemos que corrigir uma das células rítmicas da segunda voz que passei para eles invertida na primeira leitura.

Encerramos o ensaio cantando o Shalom e acho que, aos poucos, estou conseguindo melhorar a regência desse cânone. A sonoridade do coro também está melhorando e, com o domínio desta peça pelos coralistas, conseguimos imprimir um andamento menos lento.

10.4.11

ensaio completo

Hoje tivemos o primeiro ensaio completo (com aquecimento e repertório, ainda na fase de “leitura”).

No aquecimento, introduzi algumas noções de respiração do canto, falando sobre a importância da percepção do próprio corpo, da constância da coluna de ar como correspondente à constância do som produzido, do necessário controle da tensão do diafragma (precisa haver apoio, mas a força não pode ser tanta que impeça a respiração). Após as explicações, fiz com que eles sentissem o esvaziamento e a entrada do ar. Depois, propus muito rapidamente que o ar fosse liberado de maneira organizada pelo conjunto, em 5 tempos.

Nos exercícios de boca chiusa, propus como experiência que cada um experimentasse jogar o som em várias partes da cabeça. Tive que “encurtar” a duração do exercício diante da capacidade de respiração dos coralistas. Nos vocalizes, priorizei o trabalho com notas ligadas e considerei o “priu” staccato por enquanto mais por ter percebido que ele teve um “efeito lúdico” do que por considerá-lo “útil” no momento.

Começamos a ler, então, a peça Señores cantores. Foi o primeiro contato do coro com o elemento “partitura”. Conseguimos trabalhar mesmo sem um conhecimento integral de leitura por parte dos membros do coro. Ainda preciso pensar em como vou trabalhar essa habilidade da leitura com eles. Me parece que as questões vão surgir conforme lemos as peças ao longo do tempo, mas talvez seja o caso de criar um momento para esse estudo fora do ensaio, se houver interesse.

Encerramos o ensaio cantando o Shalom e notei uma melhora da sonoridade em relação à semana anterior! Preciso melhorar o corte da minha regência na passagem do cânone. Estava preocupada em fazer com que eles assimilassem a melodia e conseguissem concatenar as vozes e não me dei conta de que preciso também regê-los!

7.4.11

classificação, aquecimento e repertório

O foco desta reunião de orientação foi confirmar a classificação das vozes a partir do que eu havia observado e coletado no domingo. O coro ficou assim:

sopranos: Viviane, Camila e Lucas
contraltos: Kátia e Nara
tenores: Yutaka e Kiyoto
baixos: Gil e Olavo

Feito isso, também conseguimos definir uma sequência inicial para o aquecimento vocal do coro:

1)    respiração;
2)    ressonância - boca chiusa;
3)    vogais alternadas - intervalo curto, de terça;
4)    ampliar intervalo - ressonância mais alta;
5)    articulado - trabalhar diafragma e ponta de língua.

O professor Marco Antonio sugeriu uma primeira música para o repertório (depois do Shalom), uma peça ainda a duas vozes chamada Cantem señores cantores. Xeroquei este material para o domingo.

3.4.11

classificação vocal


Hoje foi o dia dos testes de classificação vocal. Os coralistas foram ouvidos um a um. Fiz anotações e gravações para poder conversar com o professor Marco Antonio durante a semana para classificar as vozes antes do ensaio seguinte, embora já estivesse segura em alguns casos. De modo geral, todos conseguiram cantar o que foi solicitado. Alguns estavam tímidos, mas eu prometi que seria a única vez em que teriam que cantar sozinhos!

Depois dessa etapa de testes, restou um tempinho e consegui propor uma canção judaica muito breve, possível de ser cantada em cânone. O resultado deste primeiro dia foi muito bom! Ao contrário do que eu havia previsto, foi possível já introduzir o cânone com eles! A música foi ensinada sem partitura nem texto escrito.

SHALOM

Shalom chaverim, shalom chaverim
shalom, shalom,
l’hit-rah-oat, l’hit-rah-oat,
shalom, shalom

(“Shalom, meus amigos, até o próximo encontro”)

31.3.11

sobre a classificação vocal


Nesta reunião de orientação, conversamos mais sobre o cronograma de trabalho, esquema dos encontros de orientação, prazos, bibliografia e formato do TCC. O foco principal do dia foi a orientação em relação aos testes de classificação vocal, a serem realizados com os coralistas no final de semana seguinte. Foram listados alguns procedimentos e parâmetros:

1) pedir para que os coralistas cantem uma escala ascendente de Dó Maior para que se possam identificar as passagens (quebras) típicas: nos baixos, entre mi e fá; nos barítonos e mezzos, entre fá e sol; nos tenores e sopranos, entre sol e fá.

2) usar um exercício diatônico ascendente e descendente para confirmação da quebra. Procurar cobrir toda a extensão para encontras os limites. Identificar onde está o centro da voz, onde ela tem o som mais cheio.

27.3.11

reunião pré-ensaios


Primeira reunião com a família T-S-I. Conversamos principalmente sobre repertório, esquema dos ensaios e calendário. Do repertório, vi que eles estão bastante receptivos. Considerei isto um ponto positivo, porque assim poderei testar com eles o tipo de repertório que poderá “funcionar” melhor, tanto sonora quanto didaticamente. Sobre o esquema dos ensaios, expus um formato de começarmos com aquecimento, depois trabalhar leitura de peças e, logo mais adiante, reservar um final para passar o repertório mais pronto. Ficou definido que os ensaios serão aos domingos, das 13h30 às 15h e que alguns domingos, como os do feriado, estariam livres de ensaios.

24.3.11

definição do orientador


Neste dia, tive uma reunião com o professor Marco Antonio da Silva Ramos, que tinha sido meu professor de regência coral. Ele aceitou o convite e se tornou meu orientador. Nesta primeira reunião, conversamos principalmente sobre um cronograma de trabalho, esquema dos encontros de orientação, prazos, bibliografia e formato do TCC.

Bibliografia

COSTA, Paulo Rubens Moraes. Diagnose em canto coral: parâmetros de análise de ferramentas para a avaliação. 2005. (Dissertação de Mestrado).

LOPES, Paulo. Estudo do desenvolvimento da escuta melódica de adultos integrados a coros vocacionais. 2010. (Dissertação de Mestrado).

COLLINS, Don. L. Teaching choral music. Prentice Hall. New Jersey: 1999.

GALLO, José; GRAETZER, Guillermo; NARDI, Hector, RUSSO, Antonio. Editorial Ricordi Americana. El director de coro. Buenos Aires: 1979.

GARRETSON. Choral conducting. Prentice Hall. New Jersey.

Entraves ao trabalho
viagem do professor durante os meses de junho (dia 15 em diante), julho e início de agosto.

Possíveis datas para a defesa
31/8/2011 ou 14/09/2011

Formato do trabalho
-texto: relato do planejamento dos ensaios, relato reflexivo dos ensaios; seleção de registros (gravação e filmagem).
-concerto final

15.3.11

como tudo começou


Em março de 2011, recebi uma mensagem da amiga Kátia Shimabukuro, perguntando se eu conhecia algum professor de música. Ela ainda não tinha comentado com ninguém, mas estava com a ideia de formar um coral da família – pais, filhos e agregados. Eu já conhecia a família Shimabukuro de Tani e Isoda havia mais de dez anos e sabia que todos ali já tinham alguma vivência musical, ainda que nunca tivessem estudado formalmente. Uma das experiências mais impressionantes que eu conhecia era a “banda dos irmãos”, formada pelos cinco irmãos, que tem até algumas composições próprias e que chegou a se apresentar em festas de casamento e aniversário.

Quando li a mensagem da Kátia, senti uma “coceira interna”. Estava me preparando para começar o trabalho de conclusão de curso, que seria uma continuidade do estágio desenvolvido em uma escola da prefeitura em 2010, mas me pareceu muito tentadora a possibilidade de trabalhar com aquela família. Seria uma oportunidade para retomar o estudo de regência coral, concluído em 2010, do qual eu tinha gostado muito, mas que não pensava que pudesse retomar tão cedo. Alguns dias depois, não pude mais fingir que não estava acontecendo nada e resolvi assumir essa vontade: redigi uma proposta de que eles fossem minhas cobaias no TCC. Na mesma hora, a Kátia encaminhou meu e-mail para todos e a adesão do grupo foi instantânea. Alguns dias depois, com a definição do orientador, confirmou-se a viabilidade deste trabalho como tcc.